Ano novo, prato novo: as cores que podem mudar velhos hábitos

Quanto maior for a variação de cores na sua alimentação, 
melhor, afirma nutricionista. (Divulgação)

por Anna Paula Di Cicco
Inúmeros tipos de carnes, frituras, gorduras e carboidratos reinaram nas mesas de quem comemorou as festas de fim de ano. No entanto, é só substituir o calendário antigo pelo atual e virar a primeira página de 2016 para que a maioria das pessoas pense em iniciar uma alimentação mais saudável.
No Réveillon, é tradição usar roupas com cores que remetam aos desejos a serem conquistados no ano que está por vir. Mas você já pensou que as cores dos alimentos também são parâmetro para conquistar hábitos mais saudáveis? Isso mesmo! Segundo a nutricionista Cristina Felix, a expressão "quanto mais cor no prato, melhor", faz todo sentido!
"Quanto maior for a variação de cores na sua alimentação, melhor. Significa que você fará uma ingestão mais diversificada e completa de nutrientes que vão ajudar a fortalecer o organismo e a prevenir doenças", explica.
Segundo Cristina, através do consumo de alimentos de cores variadas, é bem provável que o organismo receba todos os nutrientes que necessita. “Não existe alimento ruim, mas sim alimentos com diferentes valores nutricionais e níveis de nutrientes”, diz Cristina, ressaltando a importância de aliar alimentação equilibrada em porções, atividades físicas e uma boa hidratação.
E já que entramos em 2016, que tal começar a pensar nas cores de seu prato? De acordo com a nutricionista, os alimentos amarelos e laranjas ajudam no bom funcionamento do sistema imunológico, do coração e da visão. Exemplos disso são a cenoura, abóbora, batata-doce, moranga, abacaxi, mamão, manga, laranja e pêssego.
“Os alimentos brancos são, na sua maioria, boas fontes de cálcio e de potássio, minerais importantes para o bom funcionamento do corpo. São fundamentais para o sistema nervoso e os músculos”, diz Cristina citando o alho, a cebola, batata, couve-flor, arroz, banana, leite, queijo, cogumelos e o repolho branco.
Já os marrons e beges, fornecem uma variedade de vitaminas e minerais fundamentais para o equilíbrio do organismo, entre eles as vitaminas do complexo B, vitamina E, selênio e fibras. “Tais nutrientes são de extrema importância. Melhoram o funcionamento do intestino, combatem a ansiedade e a depressão, atuam na redução do colesterol sanguíneo, previnem o câncer e as doenças cardiovasculares”, completa a nutricionista apontando como exemplo os cereais integrais, grão-de-bico, feijão, lentilha, soja, nozes, castanhas e o chocolate amargo ou meio amargo (55% a 85% de cacau).
Os roxos possuem um pigmento chamado antocianina, que protege o corpo contra infecções, combate os radicais livres, retardando o envelhecimento, afasta tumores, doenças vasculares e até agem contra a obesidade. A nutricionista ainda afirma que eles mantêm a saúde da pele, dos nervos e dor rins. Dentre eles estão a berinjela, beterraba, repolho roxo, açaí, amora, uva e jabuticaba.
Quanto aos alimentos verdes como: alface, brócolis, chuchu, espinafre, pepino, vagem, kiwi abacate e pimentão, entre outros, contêm cálcio, fósforo, ferro, vitaminas A e C. “Essas substâncias desintoxicam as células, inibem radicais livres, ajudam a proteger o coração, protegem os cabelos e a pele, além de melhorar o sistema imunológico. São importantes para os ossos e a contração muscular”.
Finalizando a palheta de cores dos alimentos está o vermelho, cor predominante nos tomates, melancias, cerejas, framboesas, morangos e etc. Segundo Cristina, eles agem como um potente antioxidante que combate os radicais livres, retarda o envelhecimento e pode proteger contra o câncer, inclusive de próstata.
Agora, com a cartilha em mãos, é só dar o 'start' para o processo de reeducação e adaptação a uma vida mais saudável!
“Equilíbrio na vida é tudo, mas se você enfiou o pé na jaca, respire fundo. Não adianta ficar se lamentando, e sim agir! Muito líquido (água, não cerveja) para hidratar e frutas e legumes para ajudar na desintoxicação do organismo”, recomenda Cristina lembrando que “a reeducação alimentar deve ser sempre uma prioridade, não apenas para perder peso, mas também para cultivar um bom hábito e preservar a saúde. É aconselhável controlar o consumo de doces, bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos, mas sem se privar de absolutamente nada. Deixar de comer algo, apenas se tiver alguma patologia que restrinja a dieta.”


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